quinta-feira, 10 de maio de 2018

Projeto de Intervenção no Mangue Seco


Componentes: Geiziane T. da Silva; Hildebrando N. S. Neri; Iluska G. Souza e Ivanete Santos.
Profº Humberto Actis Zaidan

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO NO MANGUE SECO



Apresentação do local visitado
O Mangue Seco está localizado na cidade de Coaraci-BA, no Bairro Jardim Cajueiro e existe há mais de 30 anos aproximadamente. A maioria dos residentes são famílias carentes, que desempenham diversas atividades para sua sobrevivência, entre elas, vendedores ambulantes, mercearias, bares, etc.
O bairro não oferece muitas opções de lazer, não existe praças ou parques, mas dois campos de futebol, sendo que um está desativado, igrejas evangélicas e uma católica e muitos bares, onde alguns moradores costumam frequentar nos finais de semana.
Apesar de ser um bairro consideravelmente antigo, ele ainda necessita de muitas melhorias, principalmente em relação a saneamento básico, atividades de lazer, ruas sem drenagem superficial. Há ruas em que a maioria das residências são construídas com madeira, sem boa estrutura, outras ainda não possuem banheiro, quando chove o problema se agrava, pois algumas casas são invadidas pela água e a lama produzida por ela é um problema constante.
Por esses motivos, entre outros é que o Mangue Seco foi escolhido para a visita com o objetivo de identificar as principais problemáticas do local, como também propor projetos de intervenção que possam sanar esses problemas, ouvindo dos próprios moradores quais seus desejos e necessidades de melhorias para seu bairro.

Contexto da visita
A visita foi realizada no dia 21 de abril de 2018 em um sábado no período vespertino, esse dia foi escolhido por ser um feriado e geralmente os moradores estariam em casa de folga. Todos os alunos ficaram na responsabilidade de levar o questionário a uma rua, nosso grupo ficou com a Rua Travessa Saracura, que é uma das ruas mais carentes e necessitadas não possuindo calçamento, algumas casas ainda não têm banheiro e a maioria é construída com madeira, por ser uma rua que possui muitos buracos, não há condições de tráfego de carros, nem de motocicletas.
Ao chegar na rua, explicamos aos moradores o real motivo da visita e o nosso objetivo, então, eles se mostraram muito receptivos e interessados pelo assunto. Fomos acolhidos, e a partir daí os próprios moradores foram respondendo ao questionário, e nós ficamos responsáveis em marcar as respostas que eles davam, algumas questões, não foram precisas perguntar, já que pela simples observação podíamos constatar o que era solicitado nos questionamentos.
Os moradores encontraram dificuldades em responder algumas perguntas, principalmente, quando se tratava dos seus direitos, e no que poderia ser feito para resolver os grandes problemas da sua rua e do bairro.
Mas, o que ficou bastante claro foi o fato de todos concordarem que a situação em que o bairro se encontra precisa melhorar, demonstraram também insatisfação com a atuação do poder público.
Saímos daquelas casas com o compromisso de elaborar uma proposta que possa melhorar alguns dos problemas detectados.

Análise dos dados coletados e Diagnóstico
Foram 25 casas entrevistadas no total, através dos questionários obtivemos uma visão mais ampla sobre a realidade dos moradores do Mangue Seco. Ao analisar os dados, vimos que a maioria dos moradores nasceram em Coaraci, a religião mais predominante é a católica, seguida da evangélica e 28% se declarou sem religião.
A grande parte da renda dos entrevistados é proveniente do Programa Bolsa Família (PBF) e Benefício de Prestação Continuada (BPC), por isso a renda per capita das famílias não chegou a um salário mínimo. Todas as casas possuem abastecimento de água, e esse é um ponto positivo a destacar, mas nem todos possuem a coleta de esgotos e do lixo e um banheiro dentro de casa.
A pavimentação das ruas, é um dos maiores problemas, pois apenas uma rua das entrevistadas estava pavimentada. Em relação a construção das casas, cerca de 24% ainda é de madeira, e algumas a dimensão do terreno e construção é pequena em relação a quantidade de moradores.
Outro ponto positivo é que cerca de 88% possui sua casa própria. O principal meio de transportes dos moradores é a pé ou de bicicleta.
Os principais problemas citados pelos entrevistados foram: pavimentação; esgoto; saúde; educação, segurança, pois é um bairro periférico; limpeza das ruas e medicamentos. Cerca de 79,2% dos moradores não tem acesso a internet, mas possuem aparelho de celular.
Entre as sugestões de melhoria para os problemas da rua eles citaram, atuação do poder público no bairro, medicamento e atendimento médico, oferta de emprego, criação de associação dos moradores e o restante não souberam opinar.
Entres os fatores que dificultam a resolução dessas problemáticas todos concordaram que falta a atuação efetiva dos poderes responsáveis.
Os moradores demostraram interesse em participar de cursinhos profissionalizantes, em aulas de canto, música, dança, teatro e retomar os estudos através do EJA e atividades esportivas.

Diagnóstico
Através desses dados coletados identificamos muitos problemas, mas o que mais nos chamou a atenção foi o fato deles sentirem -se esquecidos pelo poder público e não sabem como levar os problemas ao seu conhecimento. Então nossa proposta de intervenção está embasada nessa problemática.








Proposta de intervenção
Nossa proposta de intervenção consiste em levar os problemas da comunidade até o poder público municipal. Nós convidamos o secretário de planejamento Thiago Gonçalves para assistir todas as apresentações dos grupos participantes do projeto, neste momento levaremos os anseios da comunidade bem como as propostas de melhoria para os problemas diagnosticados.
O nosso principal objetivo é ser o porta voz da comunidade tendo em vista que os moradores não sabem como expor a sua realidade aos governantes locais. Após esse encontro levaremos a resposta dada a comunidade como forma de execução do nosso objetivo proposto.

Croqui da Rua visitada
Travessa Saracura