Componentes:
Geiziane T. da Silva; Hildebrando N. S. Neri; Iluska G. Souza e Ivanete Santos.
Profº
Humberto Actis Zaidan
PROPOSTA
DE INTERVENÇÃO NO MANGUE SECO
O Mangue Seco está localizado
na cidade de Coaraci-BA, no Bairro Jardim Cajueiro e existe há mais de 30 anos
aproximadamente. A maioria dos residentes são famílias carentes, que
desempenham diversas atividades para sua sobrevivência, entre elas, vendedores
ambulantes, mercearias, bares, etc.
O bairro não oferece muitas
opções de lazer, não existe praças ou parques, mas dois campos de futebol,
sendo que um está desativado, igrejas evangélicas e uma católica e muitos
bares, onde alguns moradores costumam frequentar nos finais de semana.
Apesar de ser um bairro consideravelmente
antigo, ele ainda necessita de muitas melhorias, principalmente em relação a
saneamento básico, atividades de lazer, ruas sem drenagem superficial. Há ruas
em que a maioria das residências são construídas com madeira, sem boa
estrutura, outras ainda não possuem banheiro, quando chove o problema se
agrava, pois algumas casas são invadidas pela água e a lama produzida por ela é
um problema constante.
Por esses motivos, entre
outros é que o Mangue Seco foi escolhido para a visita com o objetivo de
identificar as principais problemáticas do local, como também propor projetos
de intervenção que possam sanar esses problemas, ouvindo dos próprios moradores
quais seus desejos e necessidades de melhorias para seu bairro.
Contexto
da visita
A visita foi realizada no dia
21 de abril de 2018 em um sábado no período vespertino, esse dia foi escolhido
por ser um feriado e geralmente os moradores estariam em casa de folga. Todos
os alunos ficaram na responsabilidade de levar o questionário a uma rua, nosso
grupo ficou com a Rua Travessa Saracura, que é uma das ruas mais carentes e
necessitadas não possuindo calçamento, algumas casas ainda não têm banheiro e a
maioria é construída com madeira, por ser uma rua que possui muitos buracos,
não há condições de tráfego de carros, nem de motocicletas.
Ao chegar na rua, explicamos
aos moradores o real motivo da visita e o nosso objetivo, então, eles se
mostraram muito receptivos e interessados pelo assunto. Fomos acolhidos, e a
partir daí os próprios moradores foram respondendo ao questionário, e nós
ficamos responsáveis em marcar as respostas que eles davam, algumas questões,
não foram precisas perguntar, já que pela simples observação podíamos constatar
o que era solicitado nos questionamentos.
Os moradores encontraram
dificuldades em responder algumas perguntas, principalmente, quando se tratava
dos seus direitos, e no que poderia ser feito para resolver os grandes
problemas da sua rua e do bairro.
Mas, o que ficou bastante
claro foi o fato de todos concordarem que a situação em que o bairro se
encontra precisa melhorar, demonstraram também insatisfação com a atuação do
poder público.
Saímos daquelas casas com o
compromisso de elaborar uma proposta que possa melhorar alguns dos problemas
detectados.
Análise
dos dados coletados e Diagnóstico
Foram 25 casas entrevistadas
no total, através dos questionários obtivemos uma visão mais ampla sobre a realidade
dos moradores do Mangue Seco. Ao analisar os dados, vimos que a maioria dos
moradores nasceram em Coaraci, a religião mais predominante é a católica,
seguida da evangélica e 28% se declarou sem religião.
A grande parte da renda dos
entrevistados é proveniente do Programa Bolsa Família (PBF) e Benefício de
Prestação Continuada (BPC), por isso a renda per capita das famílias não chegou
a um salário mínimo. Todas as casas possuem abastecimento de água, e esse é um
ponto positivo a destacar, mas nem todos possuem a coleta de esgotos e do lixo
e um banheiro dentro de casa.
A pavimentação das ruas, é um
dos maiores problemas, pois apenas uma rua das entrevistadas estava pavimentada.
Em relação a construção das casas, cerca de 24% ainda é de madeira, e algumas a
dimensão do terreno e construção é pequena em relação a quantidade de
moradores.
Outro ponto positivo é que cerca
de 88% possui sua casa própria. O principal meio de transportes dos moradores é
a pé ou de bicicleta.
Os principais problemas
citados pelos entrevistados foram: pavimentação; esgoto; saúde; educação,
segurança, pois é um bairro periférico; limpeza das ruas e medicamentos. Cerca
de 79,2% dos moradores não tem acesso a internet, mas possuem aparelho de
celular.
Entre as sugestões de melhoria
para os problemas da rua eles citaram, atuação do poder público no bairro,
medicamento e atendimento médico, oferta de emprego, criação de associação dos
moradores e o restante não souberam opinar.
Entres os fatores que
dificultam a resolução dessas problemáticas todos concordaram que falta a
atuação efetiva dos poderes responsáveis.
Os moradores demostraram
interesse em participar de cursinhos profissionalizantes, em aulas de canto,
música, dança, teatro e retomar os estudos através do EJA e atividades
esportivas.
Diagnóstico
Através desses dados coletados
identificamos muitos problemas, mas o que mais nos chamou a atenção foi o fato
deles sentirem -se esquecidos pelo poder público e não sabem como levar os
problemas ao seu conhecimento. Então nossa proposta de intervenção está
embasada nessa problemática.
Proposta
de intervenção
Nossa proposta de intervenção consiste
em levar os problemas da comunidade até o poder público municipal. Nós
convidamos o secretário de planejamento Thiago Gonçalves para assistir todas as
apresentações dos grupos participantes do projeto, neste momento levaremos os
anseios da comunidade bem como as propostas de melhoria para os problemas
diagnosticados.
O nosso principal objetivo é
ser o porta voz da comunidade tendo em vista que os moradores não sabem como
expor a sua realidade aos governantes locais. Após esse encontro levaremos a resposta
dada a comunidade como forma de execução do nosso objetivo proposto.
Travessa Saracura |